A medida visa alinhar os museus com as "novas políticas" da administração Trump, gerando preocupações sobre a politização da história e da cultura nacionais. Num memorando presidencial, foi estabelecido que as organizações com financiamento público, incluindo os museus, devem refletir "a unidade, o progresso e os valores que definem a História americana". A diretiva impõe um prazo de um mês para que os museus apresentem propostas sobre as suas coleções e de quatro meses para que comecem a aplicar as "correções" necessárias, que podem afetar exposições atuais, materiais educativos e publicações. Esta ordem surge após Donald Trump ter assinado, em março, um "decreto" em que acusava os museus do Smithsonian de alegada "manipulação histórica" e de serem "ideologicamente tendenciosos".

A medida é vista como uma tentativa de influenciar a narrativa histórica apresentada pelas instituições culturais mais prestigiadas do país.

Ações anteriores da administração já indiciavam esta direção, como a demissão, em maio, de Kim Sajet, diretora da National Portrait Gallery, um dos museus da rede Smithsonian.

Além disso, o Museu de História Americana já tinha removido de uma exposição os documentos relativos às duas tentativas de impugnação contra Donald Trump, embora a instituição tenha negado que a decisão tenha sido resultado de pressão presidencial e tenha afirmado a intenção de reabrir as exposições.