O acordo foi assinado na sexta-feira na capital norte-americana pelo Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, e pelo primeiro-ministro arménio, Nikol Pashinyan, na presença de Donald Trump.

O pacto estabelece a renúncia a reivindicações territoriais mútuas e o compromisso de não usar a força. Um dos pontos centrais é a criação de um corredor de trânsito através do território arménio para ligar o Azerbaijão ao seu enclave de Nakhitchevan, uma antiga exigência de Baku.

Os Estados Unidos terão direitos de desenvolvimento sobre esta via, que foi batizada "Trump Route for International Peace and Prosperity" (TRIPP).

A União Europeia, através da sua alta representante Kaja Kallas, felicitou ambos os países pelo avanço e ofereceu o apoio do bloco para a plena aplicação do pacto.

No entanto, o acordo enfrenta a forte oposição do Irão.

O presidente iraniano, Massud Pezeshkian, alertou o primeiro-ministro arménio para "eventuais ações da parte norte-americana, que poderá prosseguir objetivos hegemónicos na região do Cáucaso sob o disfarce de investimentos económicos". Teerão teme que o corredor o isole do Cáucaso e traga uma presença estrangeira para junto da sua fronteira, denunciando o que considera ser "uma conspiração".