A medida, justificada pelo combate à criminalidade e à erradicação de acampamentos de sem-abrigo, gera acusações de autoritarismo. Invocando a Lei de Autonomia do Distrito de Columbia, o Presidente Donald Trump ordenou o envio de 800 militares da Guarda Nacional e 500 agentes federais para a capital, declarando que a cidade estava “invadida por gangues violentos” e prometendo “libertar” Washington do “crime, da selvajaria, da imundície e da escumalha”. A operação inclui o desmantelamento de acampamentos de sem-abrigo, a quem Trump ordenou que partissem para “longe da cidade”. Esta decisão é justificada pela Casa Branca como uma resposta a uma “emergência criminal”, apesar de as estatísticas oficiais da polícia de Washington mostrarem uma diminuição de 26% no crime violento em 2025. A presidente da câmara, a democrata Muriel Bowser, classificou a intervenção federal como “perturbadora e sem precedentes”, enquanto a Human Rights Watch advertiu que a apropriação militar da aplicação da lei local é um “prenúncio de autoritarismo”.

A medida insere-se num padrão mais vasto, que inclui uma mobilização semelhante em Los Angeles para reprimir protestos contra rusgas de imigração e planos do Pentágono para criar uma “Força de Reação Rápida à Agitação Civil Interna” a nível nacional. Críticos veem estas ações como uma expansão perigosa do poder presidencial e uma utilização politicamente motivada das forças armadas em solo americano.