Estas ações visam reequilibrar a balança comercial dos EUA, mas geram tensões diplomáticas e incerteza económica global.

A estratégia de Trump de usar tarifas como principal ferramenta de pressão económica e política continua a ser um pilar da sua administração.

No que diz respeito à China, a Casa Branca prolongou por mais 90 dias a trégua tarifária, evitando o regresso a taxas que chegaram a atingir os 145%.

A decisão mantém as negociações em curso, mas a incerteza persiste, com Trump a instar Pequim a quadruplicar as compras de soja norte-americana.

Simultaneamente, a administração intensificou a pressão sobre outros parceiros.

O Brasil foi alvo de tarifas de 50% sobre vários produtos, uma medida que Trump associou diretamente à situação judicial do ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem defende. A Índia enfrenta uma tarifa semelhante de 50%, justificada por Washington pela contínua compra de petróleo russo por parte de Nova Deli, que, segundo os EUA, financia a guerra na Ucrânia.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, defendeu que o objetivo destas medidas é “reequilibrar” o défice da balança corrente dos EUA.

No entanto, estas ações provocaram fortes reações, com o Presidente brasileiro Lula da Silva a afirmar que o seu país “não vai ficar de joelhos” e o Presidente chinês Xi Jinping a apelar a uma oposição global ao “unilateralismo e ao protecionismo”.