Embora o encontro não tenha resultado num acordo de cessar-fogo imediato, ambas as partes descreveram as conversações como produtivas e um passo importante para futuras negociações. A cimeira de 15 de agosto, realizada na Base Aérea de Elmendorf-Richardson, foi o primeiro encontro presencial entre os dois líderes desde 2018 e marcou o regresso de Putin aos Estados Unidos após uma década, um desenvolvimento visto por muitos analistas como uma vitória diplomática para o líder russo. O principal objetivo de Trump era alcançar uma solução para a guerra na Ucrânia, tendo inicialmente expressado o desejo de obter um cessar-fogo no próprio dia.

Contudo, o encontro de três horas terminou sem um acordo formal nesse sentido.

Apesar da ausência de um resultado concreto, ambos os líderes projetaram otimismo.

Trump descreveu a reunião como “extremamente produtiva”, afirmando que “acordámos muitos pontos” e que restavam “muito poucas questões” a resolver.

Do seu lado, Putin qualificou as conversações como “oportunas” e “muito úteis”, decorrendo numa “atmosfera construtiva de respeito mútuo”.

O líder russo acrescentou que a cimeira aproximou as partes “das decisões necessárias” e que concordava com Trump que a segurança da Ucrânia devia ser garantida.

A reunião, para a qual o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky não foi convidado, serviu de palco para uma mudança na estratégia americana, com Trump a passar a defender um acordo de paz abrangente em vez de uma simples trégua. No final, num momento de descontração, Putin convidou Trump para uma futura reunião em Moscovo, ao que o presidente americano respondeu: “posso ver isso a acontecer, possivelmente”.