Simultaneamente, Trump afirmou ter recebido garantias diretas do Presidente Xi Jinping de que a China não atacará Taiwan durante o seu mandato. A prorrogação da trégua tarifária, assinada poucas horas antes do fim do prazo anterior, evitou o regresso a um cenário de guerra comercial aberta, que no seu auge viu os EUA imporem taxas de até 145% sobre produtos chineses.

A decisão seguiu-se a várias rondas de negociações em cidades como Genebra, Londres e Estocolmo, e a uma conversa telefónica entre Trump e Xi Jinping.

Numa outra frente de grande tensão, Trump declarou numa entrevista à Fox News que a China não avançaria contra Taiwan enquanto ele estivesse na Casa Branca, afirmando de forma categórica: “O presidente Xi disse-mo”.

Esta garantia surge num contexto de crescente pressão militar e diplomática de Pequim sobre Taipé. No entanto, a abordagem de Trump é vista por analistas como parte da sua “teoria do homem louco”, uma estratégia de imprevisibilidade calculada. A sua credibilidade é questionada, especialmente porque o próprio presidente já se referiu a Taiwan como um concorrente comercial que “roubou o nosso negócio dos chips” e que agora “quer protecção”, sugerindo que a ilha deveria pagar mais pela sua própria defesa, preferencialmente através da compra de armamento americano.