A ação visa alinhar a cultura com a sua agenda política, removendo o que considera ser conteúdo “woke” e ideologicamente enviesado.

A ofensiva cultural da administração Trump tornou-se evidente com a sua nomeação para a presidência do Kennedy Center em fevereiro.

Subsequentemente, Trump influenciou a seleção dos homenageados anuais dos Kennedy Center Honors, garantindo a inclusão de figuras como o ator Sylvester Stallone, seu apoiante, a cantora Gloria Gaynor e a banda Kiss, enquanto vetava candidatos considerados “woke”.

O presidente declarou a intenção de “corrigir” a direção da instituição para que esta se alinhasse com a sua visão de mundo. A intervenção estendeu-se ao Instituto Smithsonian, a maior rede de museus do país.

Um memorando da Casa Branca ordenou uma revisão das coleções para garantir que estas refletem “a unidade, o progresso e os valores que definem a História americana”, com um prazo de quatro meses para a aplicação de “correções”. Críticos argumentam que esta medida transforma a arte num “instrumento político” e em propaganda, citando como exemplo a remoção de documentos sobre os processos de ‘impeachment’ de Trump de uma exposição no Museu de História Americana. Esta estratégia é vista como uma tentativa de controlar o imaginário coletivo e silenciar vozes dissonantes, um perigo que, segundo analistas, ameaça a liberdade criativa e a integridade cultural das instituições.