A medida, justificada por violações legais, gerou controvérsia devido à inclusão de motivos como o apoio à causa palestiniana e críticas a Israel.

De acordo com um responsável do Departamento de Estado, a principal justificação para os cancelamentos foi o facto de os estudantes "excederem o tempo de permanência autorizado e violarem a lei", com a maioria dos casos a envolver "agressão, condução sob o efeito do álcool, roubo e apoio ao terrorismo". No entanto, a dimensão política da medida tornou-se evidente com as ações do Secretário de Estado, Marco Rubio, que admitiu ter revogado vistos de estudantes que participaram em manifestações críticas à ofensiva israelita em Gaza.

Rubio afirmou publicamente: "Sempre que encontro um desses malucos, retiro-lhes o visto". Esta política está alinhada com um decreto assinado por Donald Trump no seu primeiro dia de mandato, que apelava a um maior controlo das pessoas que entram no país para garantir que "não tenham atitudes hostis em relação aos seus cidadãos, cultura, governo, instituições ou princípios fundadores".

A medida é vista como parte de uma batalha mais ampla da administração contra universidades e estudantes considerados contrários aos interesses da política externa dos EUA, utilizando a lei de imigração como uma ferramenta para reprimir a dissidência política no meio académico.