A administração Trump intensificou a sua guerra comercial ao alargar a aplicação de tarifas de 50% sobre o aço e o alumínio a mais 407 categorias de produtos. A medida, que entrou em vigor em junho, visa "fortalecer a indústria americana" e bloquear vias de evasão fiscal, segundo o Departamento de Comércio. A nova lista de produtos afetados é vasta e inclui bens de capital pesado e de consumo, como "turbinas eólicas e as suas peças e componentes, guindastes, escavadeiras e outros equipamentos pesados, carruagens ferroviárias, móveis, compressores e bombas".
Jeffrey Kessler, subsecretário de Comércio para a Indústria e Segurança, afirmou que esta expansão apoia a "revitalização contínua das indústrias americanas".
Esta política enquadra-se na estratégia comercial mais ampla de Trump desde o seu regresso ao poder, que impõe tarifas variadas a parceiros comerciais, dependendo do balanço da sua balança comercial com os EUA.
No entanto, a medida gerou preocupações entre analistas, que alertam para as potenciais consequências negativas para exportadores, fabricantes, empresas e agricultores nos Estados Unidos.
Apesar da postura protecionista, Washington conseguiu fechar acordos para a redução de tarifas com alguns aliados, como a União Europeia, cuja tarifa foi reduzida de 30% para 15% durante uma trégua tarifária que terminou a 7 de agosto.
Em resumoO governo Trump expandiu significativamente as tarifas sobre aço e alumínio para proteger a indústria nacional, afetando centenas de novos produtos. Embora a medida se alinhe com a sua agenda protecionista, analistas alertam para possíveis repercussões económicas adversas nos próprios Estados Unidos.