A operação visou um dos mais proeminentes críticos do Presidente, intensificando o debate sobre retaliação política.

As buscas, realizadas na casa de Bolton em Maryland e no seu escritório em Washington, estão relacionadas com uma investigação de segurança nacional.

Fontes anónimas citadas pela Associated Press confirmaram que o foco é o possível manuseamento incorreto de documentos classificados.

Bolton, que serviu como conselheiro de Trump entre 2018 e 2019, não foi detido nem acusado de qualquer crime.

A relação entre os dois deteriorou-se após a sua saída, marcada por discordâncias sobre política externa.

A tensão aumentou com a publicação do livro de Bolton, ‘The Room Where It Happened’, que traçava um retrato crítico de Trump e que a administração tentou, sem sucesso, impedir, alegando que continha informação classificada. No início de 2025, Bolton revelou que Trump o tinha retirado da proteção dos Serviços Secretos, um ato que descreveu como retaliação. Numa entrevista, Bolton afirmou: "Acho que esta é uma presidência de retaliação".

A operação do FBI gerou reações imediatas de altos funcionários da administração.

O diretor do FBI, Kash Patel, publicou na rede social X que "NINGUÉM está acima da lei", enquanto a procuradora-geral, Pam Bondi, reforçou que "a segurança dos Estados Unidos não é negociável.

A justiça será feita.

Sempre".

Este episódio ocorre num contexto em que Bolton se tornou uma das vozes republicanas mais críticas de Trump, considerando-o inapto para o cargo.