Washington enquadra a operação no combate ao narcotráfico, mas Caracas denuncia-a como uma ameaça direta à sua soberania.
A administração Trump intensificou a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro, a quem acusa de liderar um "cartel narcoterrorista". A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, afirmou que Maduro "é hoje um dos maiores narcotraficantes do mundo e uma ameaça à segurança nacional" de Washington.
Esta pressão foi materializada com o aumento para 50 milhões de dólares da recompensa por informações que levem à sua detenção.
Em resposta, o governo venezuelano reagiu com veemência.
O Presidente Nicolás Maduro apelou à mobilização de 4,5 milhões de milicianos para defender o país, declarando: "Chega de ameaças!
A Venezuela rejeita-vos, a Venezuela quer a paz!".
O ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, foi ainda mais direto, advertindo os EUA: "Não ousem meter a mão aqui na Venezuela.
(...) Não ponham um pé em território venezuelano nem agridam a nossa soberania, porque não seria apenas [contra] a Venezuela, seria uma agressão contra toda a América Latina".
A escalada militar e retórica levou o secretário-geral da ONU, António Guterres, a apelar a ambos os governos para que "resolvam as suas diferenças por meios pacíficos" e exerçam moderação. A Venezuela, por sua vez, ameaçou deter quaisquer estrangeiros que entrem no país sem autorização, reforçando que já posicionou os seus próprios meios navais nas suas águas territoriais.














