A medida foi justificada por Washington como uma defesa da soberania nacional, mas gerou fortes críticas da ONU e de aliados europeus, que a consideram um ataque à justiça internacional.

O secretário de Estado, Marco Rubio, anunciou as sanções contra Kimberly Prost (Canadá), Nicolas Guillou (França), Nazhat Shameem Khan (Fiji) e Mandiaye Niang (Senegal).

Rubio afirmou que o TPI "representa uma ameaça à segurança nacional e tem servido como um instrumento de guerra jurídica contra os Estados Unidos e o nosso aliado próximo, Israel". As sanções, que incluem o congelamento de ativos nos EUA e a proibição de transações com cidadãos americanos, visam funcionários que participaram em processos relacionados com a atuação de militares americanos no Afeganistão e com a emissão de mandados de captura contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, por ações em Gaza. A decisão foi imediatamente saudada por Netanyahu, que a considerou um "ato decisivo contra a campanha de difamação contra Israel".

Em contrapartida, a ONU criticou severamente a medida.

O alto comissário para os Direitos Humanos, Volker Turk, classificou-a como uma "intensificação da retaliação" que "deve parar", enquanto um porta-voz de António Guterres afirmou que a decisão representa "um sério impedimento ao funcionamento" do tribunal.

A França também condenou as sanções, expressando solidariedade com os magistrados visados e reafirmando o seu apoio à independência do TPI.