A iniciativa foi impulsionada diretamente pelo Presidente Donald Trump, que pressionou publicamente os líderes do estado para garantir uma vantagem que poderá ser decisiva para manter a maioria republicana no Congresso federal.

A nova configuração dos distritos, aprovada pela Câmara dos Representantes e pelo Senado do Texas, visa diluir os votos das minorias afro-americanas e latinas, que tradicionalmente apoiam o Partido Democrata.

Trump celebrou a aprovação como “uma grande vitória”, afirmando nas redes sociais: “Estamos a caminho de cinco lugares adicionais no Congresso e de salvar os vossos direitos, as vossas liberdades e o vosso próprio país”. Os democratas do Texas denunciaram a medida como uma “clara violação da Lei dos Direitos de Voto e da Constituição”, argumentando que silencia os eleitores das minorias. Em resposta a esta manobra, os democratas da Califórnia, liderados pelo governador Gavin Newsom, apresentaram uma proposta para organizar um referendo que, se aprovado, permitiria redesenhar o mapa eleitoral californiano para garantir cinco assentos adicionais aos democratas, neutralizando assim o ganho republicano no Texas.

O ex-presidente Barack Obama elogiou a resposta da Califórnia, embora tenha criticado a prática de “gerrymandering” em geral.

A administração Trump manifestou também interesse em redesenhar mapas em outros estados como Ohio, Missouri e Indiana.