A administração Trump intensificou a sua política de imigração restritiva, iniciando uma revisão massiva de mais de 55 milhões de vistos válidos e estabelecendo acordos com países terceiros para receberem migrantes deportados dos EUA. Estas medidas visam acelerar as deportações e aumentar o controlo sobre a população imigrante, em linha com a promessa de uma campanha de deportação em massa. O Departamento de Estado confirmou que está a realizar uma “verificação contínua” de todos os vistos ativos, procurando infrações que possam levar à sua revogação e à deportação dos titulares. As autoridades afirmaram que revogam vistos sempre que há “indícios de uma possível inelegibilidade”, como atividade criminosa ou permanência para além do tempo autorizado. Desde que Trump regressou ao poder, o número de vistos revogados duplicou, com um aumento particularmente acentuado no caso dos vistos de estudantes, muitos dos quais foram cancelados devido à participação em protestos pró-palestinianos.
Simultaneamente, os EUA fecharam acordos com países como as Honduras e o Uganda para que estes aceitem migrantes deportados que não são seus cidadãos.
Segundo documentos internos, o Uganda concordou em receber migrantes africanos sem antecedentes criminais, embora o governo ugandês tenha posteriormente negado a existência de tal acordo.
Esta política de deportação para países terceiros tem sido criticada por organizações de direitos humanos, que alertam para a violação do direito internacional ao enviar pessoas para locais onde podem enfrentar perigo.
Em resumoCom a revisão em larga escala de vistos e a implementação de acordos de deportação para países terceiros, a administração Trump aprofunda a sua política de imigração de “tolerância zero”, visando não só a fronteira, mas também a população imigrante já residente no país, legal ou ilegalmente.