Em resposta, vários operadores postais europeus, incluindo os CTT de Portugal, suspenderam o envio de pequenas encomendas para os Estados Unidos. A medida central foi o fim da isenção fiscal que beneficiava encomendas com valor abaixo de 800 dólares, uma decisão justificada pela Casa Branca como uma forma de combater práticas ilegais, nomeadamente a importação de drogas. A partir de 29 de agosto, todos os pacotes comerciais passaram a estar sujeitos a tarifas correspondentes à sua origem e valor.

A reação na Europa foi imediata.

Operadores postais de países como Espanha, Alemanha, Itália, França, Reino Unido e Portugal anunciaram a suspensão temporária do serviço. A justificação, como articulado pela La Poste de França, foi que os operadores não tiveram tempo para se adaptar e que as especificações técnicas dos novos procedimentos estavam incompletas. Em Portugal, os CTT suspenderam o envio de encomendas a partir de 26 de agosto, com exceções para envios que contivessem apenas "documentos" e "ofertas entre particulares de valor inferior a 100 dólares". A DHL na Alemanha também limitou os seus serviços, afetando principalmente encomendas de valor superior a 100 dólares.

Esta disrupção insere-se num contexto mais amplo de tensões comerciais, apesar de a UE e os EUA terem alcançado um acordo comercial que, no entanto, não conseguiu obter uma isenção para produtos vinícolas, que passaram a ser taxados em 15%.