Esta incerteza culminou na surpreendente abertura de uma conta oficial da Casa Branca na plataforma, mesmo enquanto o prazo para a sua venda a um comprador americano se aproxima.

Numa declaração a jornalistas, Donald Trump afirmou que as preocupações de segurança nacional relacionadas com o TikTok, propriedade da empresa chinesa ByteDance, são "muito exageradas".

O presidente sugeriu que poderia prorrogar novamente o prazo para a venda da aplicação, o que marcaria a quarta extensão emitida por ele.

Esta postura contrasta com a lei aprovada pelo Congresso em 2024, que exige a venda do TikTok para evitar uma proibição nos EUA, devido a preocupações bipartidárias sobre a potencial utilização de dados de utilizadores pela China.

A contradição na política da administração tornou-se ainda mais evidente quando a Casa Branca lançou uma conta oficial no TikTok.

A primeira publicação, com a legenda "A América está de volta!

Quais são as novidades, TikTok?

", sinalizou a intenção de usar a plataforma para promover as políticas de Trump e alcançar um público vasto. A conta pessoal de Trump já possui mais de 110 milhões de seguidores, embora não seja atualizada desde as eleições de 2024. A decisão de aderir à plataforma, enquanto a ameaça de proibição persiste, revela uma tensão entre a retórica de segurança nacional e o pragmatismo político de utilizar uma ferramenta de comunicação de massas.