As alegações surgem no contexto do interesse reiterado do Presidente Donald Trump em "tomar posse" da região por razões de segurança nacional.

A controvérsia diplomática intensificou-se quando o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca convocou o encarregado de negócios da embaixada dos EUA em Copenhaga para exigir explicações.

A acusação, baseada em informações dos serviços secretos dinamarqueses (PET) e notícias da televisão pública DR, alega que pelo menos três cidadãos norte-americanos “ligados a Donald Trump” estiveram na Gronelândia a promover a secessão do território.

O objetivo seria influenciar a opinião pública local a favor da independência, recrutando habitantes para esta causa.

O ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, classificou as alegadas “operações” como “inaceitáveis”, criticando a atitude “hostil” dos Estados Unidos.

Desde janeiro, o Presidente Trump tem manifestado abertamente o seu interesse em adquirir a Gronelândia, justificando-o com a sua importância estratégica e de segurança nacional para os EUA no Ártico.

Apesar da tensão, Copenhaga admitiu a possibilidade de aumentar a cooperação com Washington em matérias de defesa e economia, mas sublinhou que a soberania e a integridade territorial não são negociáveis.