A medida gerou uma forte reação do Brasil, que a considerou uma ameaça à sua soberania.
A justificação de Trump para as tarifas foi dupla: para além de alegar um desequilíbrio comercial, que dados norte-americanos desmentem, o presidente denunciou uma suposta “caça às bruxas” contra o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, exigindo o fim do seu julgamento por tentativa de golpe de Estado. Em resposta, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva lançou um pacote de medidas para mitigar o impacto. Este inclui a compra governamental direta de produtos afetados, como açaí, uvas e mel, para abastecer órgãos estatais, e a disponibilização de créditos de 40 mil milhões de reais para empresas exportadoras. O Presidente Lula criticou veementemente a postura de Trump, afirmando que “o governo dos Estados Unidos age como se fosse o imperador do planeta”.
Usando um chapéu com a frase “o Brasil é dos brasileiros”, Lula reiterou que o seu governo está “pronto 24 horas por dia para negociar questões comerciais”, mas não a sua “soberania”. O Brasil iniciou também uma ofensiva comercial para encontrar novos mercados, com missões ao México e à Índia, e retomou negociações para um acordo de livre comércio com o Canadá.














