A medida representa um ataque sem precedentes à independência do banco central dos EUA e gerou fortes críticas sobre a politização da política monetária.

A tentativa de demissão, anunciada por Trump numa carta publicada nas redes sociais, é a primeira na história da Fed. Cook, a primeira mulher afro-americana a ocupar o cargo, foi acusada por um aliado de Trump de ter cometido fraude num crédito à habitação em 2021.

A governadora respondeu publicamente, afirmando: “Não me demito”.

O seu advogado declarou que o presidente “não tem autoridade” para a remover do cargo e que seriam tomadas ações legais para travar a “ação ilegal”.

O confronto surge num contexto de pressão contínua de Trump sobre a Fed para baixar as taxas de juro, tendo anteriormente atacado o presidente da instituição, Jerome Powell. Analistas e políticos democratas, como a senadora Elizabeth Warren, condenaram a ação, alertando que o sucesso de Trump significaria o “fim da independência do banco central”. Peter Conti-Brown, professor da Universidade da Pensilvânia, afirmou que tal ato permitiria ao presidente “controlar a Reserva Federal ao usar os inúmeros recursos do Governo dos EUA contra o seu próprio banco central”.