A ação, baseada em acusações de fraude, foi vista por críticos como um ataque direto à autonomia do banco central para pressionar por políticas monetárias favoráveis ao presidente.
Numa carta publicada na sua rede social Truth Social, Donald Trump anunciou a demissão "com efeito imediato" de Lisa Cook, alegando ter concluído que "havia motivos suficientes" para a sua remoção. A acusação, promovida por Bill Pulte, um responsável nomeado por Trump, alega que Cook cometeu fraude para obter condições vantajosas num crédito à habitação em 2021, antes de ingressar na Fed.
Cook respondeu publicamente, afirmando: "Não me demito", e declarando que o presidente "não tem autoridade" para a remover do cargo, prometendo tomar "todas as ações para travar a ação ilegal".
Este confronto é o mais recente episódio da "guerra de Donald Trump contra a Reserva Federal", motivada pelo seu desejo de taxas de juro mais baixas para estimular a economia.
Analistas financeiros e jurídicos alertaram para as graves implicações desta medida.
Peter Conti-Brown, professor da Universidade da Pensilvânia, afirmou ao New York Times que, se Trump for bem-sucedido, isso significará o "fim da independência do banco central".
A senadora democrata Elizabeth Warren acusou o presidente de procurar um "bode expiatório para cobrir as suas próprias falhas em reduzir o custo de vida dos americanos".
Embora o Presidente esteja juridicamente limitado na sua capacidade de demitir governadores da Fed sem justa causa, a ação representa uma escalada significativa na pressão política sobre a instituição.














