A decisão, que o Presidente promete contestar no Supremo Tribunal, coloca em causa um dos pilares da sua agenda económica "America First".
O Tribunal de Recurso dos Estados Unidos para o Circuito Federal considerou que Trump excedeu os seus poderes presidenciais ao invocar uma emergência nacional para impor taxas de importação a quase todos os países do mundo. Segundo o acórdão, a legislação sobre emergências nacionais "concede ao Presidente amplos poderes para tomar uma série de medidas..., mas nenhuma destas ações inclui explicitamente o poder de impor taxas alfandegárias e outros impostos".
Apesar da derrota, os juízes suspenderam a execução da sua própria decisão para dar tempo à administração de recorrer para o Supremo Tribunal, o que significa que, para já, "as tarifas continuam em efeito", como o próprio Trump sublinhou nas redes sociais.
A reação do Presidente foi imediata e desafiadora, acusando o tribunal de ser "altamente politizado" e "tendencioso".
Numa publicação na sua rede social, Truth Social, Trump afirmou: "Eles sabem que os EUA vão ganhar no final.
Se as tarifas forem revogadas, será um desastre total para o país".
A sua estratégia passa por levar o caso à instância máxima da justiça americana, onde conta com uma maioria conservadora para reverter a decisão.
A política tarifária, que elevou a taxa média sobre importações para 20,1%, tem gerado reações internacionais, como a do Brasil, que notificou os EUA sobre o início de consultas para aplicar a lei de reciprocidade contra as tarifas de 50% impostas por Washington.














