Numa decisão com fortes repercussões diplomáticas, a administração Trump revogou os vistos de entrada do Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, e de outros 80 dirigentes. A medida impede a sua participação na Assembleia-Geral da ONU, gerando protestos internacionais e acusações de que os EUA estão a violar os seus compromissos como país anfitrião. O Departamento de Estado norte-americano, liderado por Marco Rubio, justificou a medida como parte do seu "compromisso de não recompensar o terrorismo", instando a Autoridade Palestiniana (ANP) a cessar os esforços para o reconhecimento unilateral de um Estado e as campanhas de "guerra jurídica internacional" contra Israel. A decisão surge num momento crítico, pouco antes de uma reunião de alto nível na ONU, agendada para 22 de setembro e organizada pela França e Arábia Saudita, precisamente para apoiar a solução de dois Estados. A reação palestiniana foi de repúdio.
O porta-voz presidencial, Nabil Abu Rudeineh, alertou que a decisão "só aumentará a tensão e a escalada" e apelou à administração Trump para que a revertesse.
A comunidade internacional também se manifestou: a União Europeia pediu aos EUA que reconsiderassem a medida, e o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, protestou contra as restrições, afirmando que "a Assembleia-Geral da ONU não pode sofrer quaisquer restrições de acesso".
O Presidente Abbas contactou o seu homólogo espanhol, Pedro Sánchez, agradecendo o apoio de Espanha contra o veto americano.
A ONU, por sua vez, através do seu porta-voz, indicou que irá pedir esclarecimentos ao Departamento de Estado, lembrando os compromissos dos EUA como país anfitrião da organização.