Uma juíza federal bloqueou a política de "expulsão imediata" de imigrantes, enquanto um tribunal de recurso travou o fim das proteções para 600 mil venezuelanos. A juíza Jia Cobb, de Washington D.C., emitiu uma ordem temporária contra a política de deportação rápida, um pilar da campanha de deportações em massa prometida por Trump.

A juíza criticou a medida por "priorizar a velocidade" e levar "inevitavelmente o Governo a deportar pessoas por engano".

A decisão deu razão a grupos de direitos civis, como a American Civil Liberties Union (ACLU), que argumentaram que a política viola o direito a um processo justo consagrado na Quinta Emenda. Noutro revés para a administração, um tribunal federal de recurso do 9º Circuito confirmou uma decisão que mantém o Estatuto de Proteção Temporária (TPS) para cerca de 600 mil imigrantes venezuelanos. Os juízes consideraram que a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, provavelmente não tinha autoridade para anular uma extensão anterior do TPS. Paralelamente, a vertente humanitária destas políticas foi posta em evidência pela denúncia do senador democrata Ron Wyden, que acusou o governo de planear a deportação de quase 700 crianças guatemaltecas não acompanhadas. Wyden classificou a medida como uma violação do "mandato de bem-estar infantil" do Gabinete de Reinstalação de Refugiados, alertando que esta "ameaça separar as crianças das suas famílias, advogados e sistemas de apoio".