Esta dualidade de posições cria um quadro diplomático complexo e imprevisível na abordagem dos EUA ao conflito.
Trump manifestou publicamente as suas dúvidas sobre um encontro direto entre Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin, sugerindo que talvez "precisem de lutar um pouco mais" antes de encontrarem uma solução.
Utilizou uma metáfora para descrever a situação: "É como quando temos duas crianças num parque que não se suportam uma à outra e começam a lutar.
(...) Por vezes, têm de passar por essa luta antes de conseguirem parar". Apesar do seu ceticismo, ofereceu-se para colaborar no processo de paz, sublinhando que o papel dos EUA seria principalmente de apoio aos esforços europeus.
Esta postura contrasta com as declarações oficiais da Casa Branca, que afirmam que os EUA continuam a trabalhar com ambas as partes para viabilizar um encontro.
A complexidade da política norte-americana foi ainda mais acentuada pelo anúncio da aprovação de uma venda de armas à Ucrânia no valor de 825 milhões de dólares (cerca de 706 milhões de euros), que inclui 3.350 mísseis de longo alcance. A venda foi justificada pelo Departamento de Estado como um apoio à segurança de um "país parceiro que é uma força para a estabilidade política e o progresso económico na Europa". Após recentes bombardeamentos russos em Kiev, a reação de Trump foi de descontentamento, mas sem surpresa, com a sua porta-voz a reiterar a sua crença de que "talvez as duas partes neste conflito não estejam prontas para o terminar sozinhas".














