A iniciativa gerou forte oposição das autoridades locais, que a consideram uma "invasão" e um abuso de poder federal, escalando o conflito entre o governo central e as administrações estaduais e municipais.

Segundo a imprensa norte-americana, o Pentágono está a elaborar planos para mobilizar milhares de membros da Guarda Nacional para Chicago já em setembro.

A justificação da Casa Branca assenta na necessidade de reprimir o crime e a imigração ilegal.

No entanto, a proposta foi veementemente rejeitada pelas autoridades locais.

O governador do Illinois, JB Pritzker, classificou a medida como uma "invasão", enquanto o presidente da câmara de Chicago, Brandon Johnson, afirmou que a cidade não quer nem precisa da ajuda federal, sublinhando que os crimes violentos diminuíram significativamente.

"Não queremos ver tanques nas nossas ruas. Não queremos ver famílias destruídas", declarou Johnson.

A situação em Chicago espelha a tensão já existente em Washington D.C., onde a Guarda Nacional foi mobilizada, gerando críticas dos moradores pelo excesso de militares e pela detenção de imigrantes. Os dados sobre a criminalidade são um ponto de discórdia: enquanto as autoridades locais de Chicago apontam para uma queda de mais de 22% nos crimes violentos no primeiro semestre de 2025, a administração Trump foca-se no número total de homicídios, que foi o mais elevado entre as cidades norte-americanas em 2024.