A Venezuela denunciou a movimentação como uma "grave ameaça à paz e à segurança regionais", elevando as tensões entre os dois países a um nível crítico.

O destacamento militar norte-americano inclui contratorpedeiros, um cruzador de mísseis guiados como o USS Lake Erie e o submarino de ataque nuclear USS Newport.

A Casa Branca enquadra a operação no combate ao que descreve como o "cartel narcoterrorista" do regime de Maduro, afirmando estar preparada para "utilizar qualquer meio" para conter o fluxo de drogas. Esta ação militar ocorre num contexto de hostilidade crescente, em que Washington não reconhece a reeleição de Maduro e oferece uma recompensa de 50 milhões de dólares pela sua captura. Em resposta, a Venezuela anunciou o destacamento de navios da Marinha e drones para patrulhar as suas águas territoriais.

A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, advertiu que uma agressão militar seria uma "calamidade" para os Estados Unidos e o seu "pesadelo".

O Presidente Maduro também acusou os EUA de violarem o Tratado de Tlatelolco de 1967, que declarou a América Latina e as Caraíbas como zonas livres de armas nucleares.

A escalada levou o secretário-geral da ONU, António Guterres, a apelar a ambos os países para que "resolvam as diferenças por meios pacíficos".