A proposta, que ameaça desencadear uma paralisação do governo federal, gerou alarme sobre as suas potenciais consequências devastadoras para as populações mais vulneráveis do mundo.
A carta enviada pela Casa Branca ao Congresso detalha que os cortes afetariam programas do Departamento de Estado e, principalmente, da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). A grande maioria dos cortes, cerca de 2,7 mil milhões de euros, seria nos fundos atribuídos à USAID, que Trump já tinha formalmente desmantelado e absorvido pelo Departamento de Estado. Esta proposta surge num momento delicado de negociações orçamentais, com os democratas a avisarem que qualquer tentativa de reverter fundos já aprovados levaria a um impasse e a um 'shutdown' do governo.
A justificação da Casa Branca é clara: "O Presidente Trump 'colocará sempre a América em primeiro lugar'".
No entanto, a medida foi recebida com fortes críticas, nomeadamente à luz de um estudo internacional divulgado em julho, que alertava que o corte do financiamento norte-americano à ajuda internacional poderia provocar mais de 14 milhões de mortes adicionais até 2030, um terço das quais seriam crianças.
A proposta reflete uma contínua desvalorização da diplomacia e da ajuda ao desenvolvimento como ferramentas da política externa dos EUA sob a administração Trump.














