A decisão foi justificada como uma forma de responsabilizar a liderança palestiniana, mas foi condenada por países árabes e europeus.

O Secretário de Estado, Marco Rubio, anunciou que a medida se aplicaria a membros da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), afirmando que “é do interesse nacional [dos EUA] responsabilizar a OLP e a ANP por não cumprirem os seus compromissos e minarem os esforços de paz”. A decisão foi tomada dias antes de um evento na ONU, convocado por França e Arábia Saudita, de apoio ao reconhecimento do Estado palestiniano.

A liderança palestiniana reagiu prontamente, com o porta-voz presidencial Nabil Abu Rudeineh a apelar ao governo americano para que revertesse a decisão, alertando que esta “só aumentará a tensão e a escalada”.

A União Europeia também se manifestou, pedindo aos EUA que reconsiderassem a sua posição, enquanto o ministro dos Negócios Estrangeiros de França, Jean-Noël Barrot, protestou contra as restrições, lembrando que “a sede das Nações Unidas é um local neutro”.

Israel, por sua vez, elogiou a decisão, com o ministro Gideon Saar a agradecer a Washington por “exigir responsabilidades à OLP e à ANP por recompensar o terrorismo”.

A medida foi vista como uma violação dos compromissos dos EUA como país anfitrião da ONU, que preveem a garantia de acesso aos representantes dos Estados-membros.