A medida punitiva intensificou as tensões comerciais e levou a oposição indiana a acusar o governo de fracasso diplomático. A nova política de tarifas, que entrou em vigor a 27 de agosto, foi justificada pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA como uma forma de penalizar a Índia por, segundo Washington, contribuir para financiar o esforço de guerra do Kremlin na Ucrânia. As tarifas poderão afetar cerca de 55% das exportações indianas para os Estados Unidos, avaliadas em 87 mil milhões de dólares, com setores como têxteis, pedras preciosas e marisco a serem particularmente atingidos.
O governo indiano, que não esperava um adiamento da medida, anunciou que irá oferecer apoio financeiro aos exportadores afetados e incentivá-los a diversificar mercados, apontando para a China, América Latina e Médio Oriente.
A decisão americana foi enquadrada num contexto mais vasto de tensões geopolíticas.
O presidente chinês, Xi Jinping, aproveitou uma cimeira para condenar o que chamou de “práticas de bullying”, numa crítica indireta a Donald Trump.
A oposição indiana, por seu lado, denunciou a medida como uma “chantagem económica” e criticou o governo de Narendra Modi pelo fracasso nas negociações comerciais.
Analistas económicos alertam que as tarifas podem reduzir o crescimento económico da Índia em até 0,8 pontos percentuais nos próximos anos.














