Apesar do veredito, os juízes suspenderam a anulação imediata das taxas até 14 de outubro, dando tempo à administração para recorrer para o Supremo Tribunal.

A reação de Trump foi imediata e desafiadora, classificando o tribunal como “altamente partidário” e afirmando nas redes sociais que “TODAS AS TARIFAS AINDA ESTÃO EM VIGOR!”.

A Casa Branca já indicou que o seu “Plano B” é levar o caso à mais alta instância judicial, onde conta com uma maioria conservadora para validar a sua agenda.

Trump argumenta que as suas tarifas arrecadaram “triliões de dólares”, uma afirmação contestada por dados do Departamento do Tesouro, que indicam uma receita de cerca de 96 mil milhões de dólares desde a sua implementação em abril. Estas tarifas, que atingiram uma média de 20,1%, são a base da sua estratégia para pressionar parceiros comerciais como a União Europeia, China, Índia e Brasil, país ao qual impôs taxas de 50% em retaliação pelo julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A batalha legal que se avizinha no Supremo Tribunal é vista como um momento decisivo, que, segundo o analista Josh Lipsky do Atlantic Council, “coloca toda a agenda económica de Trump numa potencial colisão com o Supremo Tribunal, algo nunca visto”.