A proposta, detalhada num documento de 38 páginas, gerou uma rejeição imediata por parte do Hamas e preocupação na comunidade internacional.

O plano, revelado pelo The Washington Post, propõe a “deslocalização ‘voluntária’” dos cerca de dois milhões de habitantes de Gaza para outros países ou para zonas seguras dentro do enclave enquanto este é reconstruído. Aqueles que aceitassem sair receberiam uma compensação financeira de 5.000 dólares, além de ajuda para a renda e alimentação. Durante um período de dez anos, o território ficaria sob a administração de uma entidade chamada Fundo para a Reconstituição, Aceleração Económica e Transformação de Gaza (GREAT Trust), antes de ser entregue a uma “entidade palestiniana reformada e desradicalizada”. A visão de Trump, expressa em fevereiro, é transformar Gaza na “Riviera do Médio Oriente”, com a construção de “cidades inteligentes com tecnologia de IA”, fábricas de automóveis elétricos e hotéis.

O Presidente presidiu a uma “grande reunião” na Casa Branca para finalizar o que o seu enviado especial, Steve Witkoff, descreveu como um “plano muito abrangente”.

A reação do Hamas foi contundente, com um porta-voz a declarar que “Gaza não está à venda” e a rejeitar qualquer plano que desloque o povo palestiniano.

O projeto foi elogiado pela extrema-direita israelita, mas rejeitado por países árabes e ocidentais, com as Nações Unidas a alertarem para o risco de uma “limpeza étnica”.