A medida, que entra em vigor a 1 de setembro, é amplamente interpretada como um ato de retaliação política contra uma proeminente figura da oposição democrata.
Desde que regressou à Casa Branca, Trump tem vindo a cortar despesas, retirando a proteção policial habitualmente concedida a antigos membros seniores de administrações anteriores.
No entanto, a decisão de visar uma ex-vice-presidente é particularmente notória. A legislação prevê seis meses de proteção após o final do mandato, mas o ex-presidente Joe Biden tinha assinado uma ordem, não divulgada publicamente na altura, para prolongar o prazo de Harris para 18 meses. A revogação desta ordem por parte de Trump é vista por alguns como “mais um ato de vingança, seguindo uma longa lista de retaliações políticas”.
A equipa de Harris confirmou a decisão, emitindo um comunicado onde agradece aos Serviços Secretos “pelo profissionalismo, dedicação e compromisso inabalável com a segurança”. A medida surge poucas semanas antes do lançamento do livro de memórias de Harris, intitulado “107 Dias”, o que alimenta a especulação de que a decisão poderá ter sido cronometrada para coincidir com um momento de maior exposição mediática da ex-vice-presidente. A ação de Trump reforça a perceção de que o presidente está a utilizar os poderes do seu cargo para visar adversários políticos, uma prática que tem sido uma constante ao longo dos seus mandatos e que continua a aprofundar a polarização no cenário político americano.














