A administração Trump intensificou a sua política de "lei e ordem" ao enviar tropas da Guarda Nacional e polícias federais para cidades governadas por democratas, como Los Angeles e Washington D.C., e ameaçando intervir em Chicago. A medida, justificada pela necessidade de combater o crime, gerou forte oposição local e um revés judicial que considerou ilegal o uso de tropas em Los Angeles. Donald Trump tem recorrido a uma lei que lhe permite convocar a Guarda Nacional para serviço federal em casos de "invasão" ou "rebelião" para justificar o destacamento de milhares de militares em cidades como Los Angeles e Washington. Em Los Angeles, foram mobilizados cerca de 4.000 militares da Guarda Nacional e 700 fuzileiros navais em resposta a protestos contra rusgas de imigração. No entanto, um juiz federal, Charles Breyer, decidiu que o governo "violou a lei federal ao usar tropas da Guarda Nacional" para fins de aplicação da legislação doméstica. Apesar da decisão, Trump insistiu na sua estratégia, garantindo que vai "intervir em Chicago", que considerou "a mais perigosa do mundo, de longe".
Líderes democratas locais reagiram com veemência.
O governador do Illinois, JB Pritzker, acusou Trump de ser um "ditador" que planeia uma "invasão militar" para minar as eleições intercalares de 2026.
O presidente da Câmara de Chicago, Brandon Johnson, emitiu uma ordem executiva para limitar a autoridade da polícia federal, afirmando: "Não queremos ver tanques nas nossas ruas".
A Casa Branca defende que as intervenções são necessárias para restaurar a ordem, com Trump a afirmar ter uma "obrigação" de proteger as cidades.
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, por sua vez, acusou o presidente de "militarizar as ruas" e de usar os agentes federais como a sua "força policial privada".
Em resumoA decisão de Trump de enviar a Guarda Nacional para cidades democratas para combater o crime gerou um conflito com as autoridades locais, que acusam o presidente de abuso de poder e de criar uma "invasão militar". Um tribunal federal considerou a ação ilegal em Los Angeles, mas Trump mantém a intenção de expandir a medida para outras cidades como Chicago.