A acusação foi feita durante as celebrações do 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico, em Pequim, que contaram com a presença de Xi Jinping, Vladimir Putin e Kim Jong-un. Numa mensagem na sua plataforma Truth Social, Donald Trump dirigiu-se diretamente ao presidente chinês, Xi Jinping, com um tom sarcástico: "Peço que transmita os meus mais calorosos cumprimentos a Vladimir Putin e Kim Jong-un, enquanto conspiram contra os Estados Unidos da América".

Este comentário sublinha a crescente tensão geopolítica e a visão da administração Trump de que estas três nações formam um eixo hostil aos interesses americanos. A parada militar em Pequim serviu de palco para o reencontro dos três líderes, um evento que ocorre apenas duas semanas após uma cimeira no Alasca entre Trump e Putin, que terminou sem um acordo para um cessar-fogo na Ucrânia. A presença de Kim Jong-un, na sua primeira visita à China desde 2019, e a reunião prévia entre Xi e Putin, onde reiteraram o fortalecimento da sua parceria estratégica, foram vistas como um sinal de alinhamento.

Xi Jinping afirmou que "as relações entre a China e a Rússia resistiram a mudanças no cenário internacional".

Trump também aproveitou a ocasião para acusar a China de "não reconhecer" o sacrifício dos soldados norte-americanos na guerra contra o Japão, adicionando uma dimensão histórica à sua crítica. O discurso de Trump reflete uma política externa de confronto, onde acusações diretas de conspiração são usadas para enquadrar as relações com potências rivais.