Esta mudança de tom surge após uma cimeira no Alasca que não produziu resultados concretos e no contexto de uma intensificação dos ataques russos contra cidades ucranianas. Após ter promovido encontros separados com Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, Trump estabeleceu um prazo de "duas semanas" para se obter uma "imagem clara" sobre a possibilidade de paz. No entanto, esse prazo expirou sem avanços, levando Trump a declarar: "Estou muito dececionado com o presidente Putin.

(...) Milhares de pessoas estão a morrer, é uma guerra que não faz sentido".

O presidente norte-americano recordou a "relação excelente" que mantinha com o líder russo, mas a contínua ofensiva de Moscovo, incluindo um dos maiores ataques aéreos sobre Kiev desde o início da invasão, minou a sua confiança. Apesar da sua frustração, Trump duvida da viabilidade de um encontro bilateral apenas entre Putin e Zelensky, sugerindo que talvez "precisem de lutar um pouco mais".

A sua administração continua, no entanto, a trabalhar para uma reunião, possivelmente trilateral.

O Kremlin, por sua vez, rejeitou a hipótese de conversações diretas com Zelensky e negou que qualquer encontro tivesse sido acordado no Alasca.

A Rússia intensificou a sua ofensiva militar, com Putin a culpar o Ocidente pela guerra, demonstrando não ter intenção de recuar.

A desilusão de Trump reflete o fracasso da sua abordagem diplomática pessoal e a complexidade de mediar um conflito onde as partes mantêm posições irredutíveis.