O incidente, anunciado pelo próprio presidente, foi justificado como uma operação contra o narcoterrorismo, mas gerou acusações imediatas de "execuções extrajudiciais" por parte de Caracas.
Donald Trump anunciou o ataque na sua rede social, afirmando que as Forças Armadas dos EUA realizaram um “ataque cinético contra narcoterroristas do Tren de Aragua [TDA], identificados positivamente”.
Segundo o presidente, a embarcação transportava narcóticos ilegais em águas internacionais a caminho dos Estados Unidos.
A resposta venezuelana foi contundente.
O ministro do Interior, Diosdado Cabello, declarou: “Assassinaram 11 pessoas sem passar pela justiça.
Pergunto se isso é aceitável”.
O presidente Nicolás Maduro acusou os EUA de usarem o combate ao narcotráfico como pretexto para se apoderarem dos recursos naturais da Venezuela, como petróleo e gás, e rejeitou a operação como “uma história, uma lenda em que ninguém acredita”. O secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, defendeu a ação, afirmando que Washington realizará mais operações militares contra cartéis e que o ataque é “um sinal claro para o ‘Tren de Aragua’, o ‘Cartel dos Sóis’ e outros oriundos da Venezuela”.
O episódio ocorre num contexto de crescente hostilidade, com os EUA a mobilizarem navios de guerra para a região.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou preocupação e apelou a uma “solução pacífica para as divergências”.














