A iniciativa é vista como uma resposta à comissão anterior, liderada pelos democratas, que os republicanos consideraram demasiado partidária e que recomendou acusações criminais contra Donald Trump.

A nova comissão será liderada pelo congressista republicano Barry Loudermilk, um fervoroso apoiante de Trump.

Esta medida surge após o presidente, desde o seu regresso ao poder, ter perdoado todos os envolvidos no ataque, alegando uma “grave injustiça nacional”.

Trump tem consistentemente minimizado a gravidade dos acontecimentos, descrevendo-os como um “dia de amor” e uma “demonstração de afeto” para consigo. A comissão original, que publicou um relatório detalhado quase dois anos após o evento, concluiu que centenas de apoiantes de Trump invadiram o Capitólio, influenciados pelas suas alegações infundadas de fraude eleitoral, numa tentativa de impedir a certificação da vitória de Joe Biden. As recomendações da primeira comissão incluíam acusações de incitamento à revolta e conspiração contra o Estado, embora Trump nunca tenha sido processado criminalmente por estes factos.

A criação desta nova comissão pelos republicanos sinaliza uma tentativa de reescrever a narrativa de um dos dias mais sombrios da história política americana recente, alinhando-a com a perspetiva do ex-presidente e agora presidente em exercício.