A medida, justificada pelo presidente como necessária para combater a criminalidade, foi considerada uma "ocupação militar" ilegal pelos opositores.

Em meados de agosto, Trump ordenou o destacamento de tropas da Guarda Nacional para Washington D.C., alegando que a cidade estava "invadida por gangues violentos", o que levou o Procurador-Geral do distrito a processar a administração por promover uma "ocupação militar involuntária". A estratégia sofreu um revés significativo quando um juiz federal considerou ilegal o uso da Guarda Nacional para operações de imigração em Los Angeles, afirmando que a administração sabia que estava a ordenar às tropas a execução de tarefas para além da sua autoridade legal. Apesar da decisão judicial, Trump ameaçou expandir a medida para outras cidades, como Chicago e Baltimore, afirmando ter a "obrigação" de o fazer.

A reação dos líderes locais foi imediata e hostil.

O governador do Illinois, J.B. Pritzker, acusou Trump de planear uma "invasão" e de agir como um "ditador", enquanto o presidente da câmara de Chicago, Brandon Johnson, emitiu uma ordem executiva para limitar a cooperação da polícia local com as forças federais. Críticos argumentam que estas mobilizações são uma "crise fabricada" com fins políticos, destinada a criar um espetáculo e desviar a atenção de outros problemas da administração.

O debate testa os limites constitucionais entre o poder federal e a autonomia local na gestão da segurança interna.