A manobra é vista por críticos, incluindo a presidente do BCE, Christine Lagarde, como uma tentativa politicamente motivada para controlar a política monetária do país.
O conflito intensificou-se quando Trump anunciou que iria demitir Lisa Cook "com efeitos imediatos", baseando-se numa queixa de alegada fraude hipotecária apresentada por um nomeado seu.
Cook contestou a demissão em tribunal, argumentando que o presidente não tem autoridade para a demitir e que a ação visa permitir que ele assuma o controlo do banco central.
O seu advogado, Abbe Lowell, classificou a investigação do Departamento de Justiça como "politizada".
A situação gerou alarme internacional.
A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, alertou que a tomada de controlo da Fed por Trump seria um "perigo muito sério para a economia dos EUA e mundial".
O seu aviso foi ecoado por centenas de economistas, incluindo vários prémios Nobel, que, numa carta aberta, defenderam a necessidade de "uma Reserva Federal independente" para garantir a credibilidade das instituições monetárias. Este episódio ocorre num contexto de críticas persistentes de Trump ao presidente da Fed, Jerome Powell, por não reduzir as taxas de juro de acordo com os seus desejos. A tentativa de demissão de Cook é, por isso, interpretada como uma estratégia para substituir membros independentes do conselho por figuras mais alinhadas com a Casa Branca, minando a autonomia da instituição.














