A política da administração Trump em relação aos imigrantes venezuelanos tem sido marcada por decisões contraditórias e batalhas legais, criando um clima de grande incerteza para centenas de milhares de pessoas. Enquanto o governo anunciava o fim do Estatuto de Proteção Temporária (TPS) para mais de 250.000 venezuelanos, um juiz federal intervinha para bloquear a medida. O Departamento de Segurança Interna (DHS) anunciou que cerca de 267.000 venezuelanos beneficiários do TPS deveriam "preparar-se para regressar à Venezuela", uma vez que a sua proteção expiraria. Esta medida alinha-se com a política de imigração mais restritiva de Trump. No entanto, quase simultaneamente, o juiz distrital Edward Chen, de São Francisco, emitiu uma decisão que impede o governo de terminar com as proteções legais para cerca de 600.000 venezuelanos. O juiz considerou que as ações da secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, para rescindir as extensões de vistos concedidas pelo governo anterior foram "arbitrárias e caprichosas" e excederam a sua autoridade legal. A administração argumentava que as condições na Venezuela tinham melhorado, uma visão contestada por organizações de direitos humanos que apontam para a contínua crise política e económica no país.
A oposição venezuelana, através da Plataforma Unitária Democrática (PUD), apelou aos EUA para não deportarem os venezuelanos com TPS.
Além disso, um tribunal de recurso impediu Trump de usar uma lei de 1798, a "Lei dos Estrangeiros Inimigos", para deportar rapidamente cidadãos de "países hostis", neste caso venezuelanos, considerando que não se verificava uma "invasão ou incursão predatória".
Em resumoA situação dos imigrantes venezuelanos nos EUA permanece precária, com a administração Trump a pressionar pelo fim das proteções, enquanto os tribunais federais intervêm para bloquear essas medidas, criando um impasse legal que afeta centenas de milhares de pessoas.