A administração Trump iniciou um confronto direto com a Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, ao tentar demitir a governadora Lisa Cook e ao criticar abertamente a política de taxas de juro, levantando preocupações sobre a independência da instituição. O Presidente Donald Trump anunciou a intenção de despedir a governadora da Fed, Lisa Cook, alegando uma investigação por alegada fraude hipotecária. Cook contestou a demissão em tribunal, argumentando que se trata de uma manobra para que o presidente possa assumir o controlo de uma instituição que normalmente opera com independência política. O Departamento de Justiça abriu uma investigação sobre as alegações contra Cook, que foram motivadas por uma queixa de Bill Pulte, um diretor nomeado por Trump. O advogado de Cook, Abbe Lowell, descreveu a investigação como "politizada" e afirmou que as ações da sua cliente "não são fraude".
A situação gerou uma forte reação, com centenas de economistas, incluindo vários prémios Nobel, a assinarem uma carta aberta em apoio a Cook, defendendo que "uma boa política económica precisa de instituições monetárias credíveis".
A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, alertou que a tentativa de Trump de controlar a Fed representa um "perigo muito sério para a economia dos EUA e mundial". Este conflito ocorre num contexto em que Trump tem atacado repetidamente o presidente da Fed, Jerome Powell, por não reduzir as taxas de juro, demonstrando a sua intenção de influenciar a política monetária para benefício da sua agenda económica.
Em resumoA tentativa de Donald Trump de demitir a governadora da Fed, Lisa Cook, e as suas críticas à política de taxas de juro representam um ataque à independência do banco central dos EUA. A situação gerou uma disputa judicial e alertas de economistas e líderes internacionais sobre os riscos de politização da política monetária.