A medida, justificada como uma estratégia de combate à criminalidade, gerou forte oposição local e protestos, sendo vista pelos opositores como uma manobra política autoritária.

O Presidente Donald Trump ameaçou repetidamente “intervir em Chicago”, cidade que considerou “a mais perigosa do mundo, de longe”, para “resolver o crime”. Esta retórica seguiu-se ao envio de tropas para Los Angeles em junho e para a capital dos EUA a partir de agosto.

A política gerou uma reação veemente dos líderes locais.

O governador do Illinois, JB Pritzker, um democrata, acusou Trump, a quem chamou de “ditador”, de planear secretamente uma “invasão por tropas americanas” e de fabricar uma crise para fins políticos.

Em Chicago, milhares de pessoas marcharam em protesto contra as ameaças.

A legalidade da medida foi posta em causa, culminando numa importante derrota judicial para a administração. Um juiz federal na Califórnia declarou que o uso de tropas da Guarda Nacional em operações de imigração e protestos em Los Angeles foi ilegal, por violar a lei que proíbe o uso de militares para a aplicação da lei doméstica. Apesar desta decisão, Trump afirmou que tem mais controlo sobre a Guarda Nacional de Washington D.C., onde soldados armados patrulham as ruas.

Os críticos argumentam que a estratégia visa testar os limites do poder presidencial e criar um “espetáculo político” para desviar a atenção de outros problemas da sua administração.