A medida resultou numa quebra de mais de 80% no tráfego postal, segundo a agência postal da ONU, a União Postal Universal (UPU). A crise foi desencadeada por um decreto de 30 de julho, com efeitos a partir de 29 de agosto, que eliminou a isenção de direitos aduaneiros para pequenas encomendas postais com valor igual ou inferior a 800 dólares.
Desde então, estas encomendas passaram a estar sujeitas às mesmas taxas aplicadas a outras importações, como 15% para os países da União Europeia.
Apenas as remessas entre particulares com valor inferior a 100 dólares permaneceram isentas.
O principal obstáculo, segundo a UPU, reside na obrigação imposta pelo decreto de que "as transportadoras e outras partes autorizadas a cobrar antecipadamente, junto dos expedidores, os direitos aduaneiros e a transferir os montantes consolidados para o Serviço Aduaneiro e de Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos".
Esta complexidade processual levou operadores postais de renome, como a Deutsche Post alemã e a Royal Mail britânica, a suspender os envios.
O Presidente Trump justificou a decisão com a necessidade de "acabar com uma falha catastrófica utilizada, entre outras coisas, para evitar direitos aduaneiros e enviar opiáceos sintéticos, bem como outros produtos perigosos".
A UPU está a trabalhar no "rápido desenvolvimento de uma nova solução técnica" para permitir a retoma dos envios.














