Esta decisão judicial coloca em causa a controversa estratégia do presidente, que recorreu à Lei dos Poderes Económicos de Emergência Internacional (IEEPA) para justificar as sobretaxas. O tribunal considerou que a IEEPA, invocada por Trump sob a justificação de uma emergência nacional devido ao défice comercial, não lhe confere o poder de impor taxas alfandegárias.
A decisão, no entanto, suspendeu a anulação imediata das tarifas até 14 de outubro, dando tempo à administração para recorrer ao Supremo Tribunal.
Trump confirmou que o faria, pedindo uma decisão "rápida" e um "processo acelerado", mostrando-se confiante na maioria conservadora da mais alta instância judicial.
O presidente reagiu à decisão do tribunal de recurso, classificando-a como "altamente politizada" e alertando que a remoção das tarifas seria uma "catástrofe completa para o país".
As tarifas implementadas elevaram a média tarifária dos EUA para mais de 20%, o nível mais alto em mais de um século. A administração defende que as taxas promovem a produção interna e geraram receitas significativas, com Trump a afirmar que arrecadaram "triliões de dólares", um valor contestado por análises que apontam para cerca de 96 mil milhões de dólares desde abril. Se a decisão judicial for mantida, os EUA poderão ter de devolver cerca de 210 mil milhões de dólares em tarifas já pagas pelas empresas, o que poderia impactar as finanças públicas e forçar o Tesouro a endividar-se mais para cobrir as suas despesas.














