A Casa Branca capitalizou o extenso cadastro criminal de Brown, que fora detido catorze vezes desde 2011, para culpar diretamente as políticas democratas. Trump acusou "juízes, políticos e ativistas da esquerda radical" de promoverem uma política de "captura e libertação de bandidos e assassinos", alegando que os democratas estão a semear o caos nas cidades que governam.

Num vídeo divulgado pela Casa Branca, o presidente instou o seu governo a ser implacável com os criminosos, afirmando: "Devemos responder com força e determinação.

Devemos ser tão implacáveis como eles. É tudo o que eles entendem".

Esta retórica serviu para reforçar a sua imagem de líder forte e justificar a sua controversa estratégia de enviar a Guarda Nacional e outras forças federais para cidades lideradas por democratas, como Washington D.C.

e Chicago, sob o pretexto de combater a criminalidade. A instrumentalização do caso foi evidente, com Trump a ignorar as questões de saúde mental do suspeito, salientadas pela presidente da Câmara de Charlotte, focando-se exclusivamente na narrativa de falha política dos seus opositores.