Esta declaração gerou uma forte condenação por parte do governo brasileiro, que a considerou uma ameaça à sua soberania.
No contexto do julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o Presidente Trump “não tem medo de usar o poderio económico e militar dos EUA para proteger a liberdade de expressão no mundo”.
Esta declaração foi amplamente interpretada como uma forma de pressão sobre as instituições brasileiras.
A intervenção não se limitou a palavras; os EUA já tinham imposto tarifas de 50% sobre vários produtos brasileiros e sanções diretas ao juiz relator do caso, Alexandre de Moraes. O governo brasileiro reagiu prontamente, com o Itamaraty a emitir uma nota condenando “o uso de sanções económicas ou ameaças de uso da força contra a nossa democracia” e afirmando que os poderes da República “não se intimidarão por qualquer forma de atentado à nossa soberania”. Analistas citados nos artigos mostraram-se divididos: alguns consideraram a ameaça “equivocada” e “vazia”, característica de um governo que “não tem cuidado com as palavras”, enquanto outros alertaram para o perigo, sugerindo que a retórica poderia ser uma “senha para que possa acontecer algum tipo de intervenção” para alavancar outros interesses americanos no Brasil.














