A queixa alega que foram punidos por se recusarem a cumprir ordens para afastar agentes considerados desalinhados com as prioridades políticas do Presidente.

O processo foi intentado por Brian Driscoll, Steven Jensen e Spencer Evans, que em conjunto somam 60 anos de serviço no FBI.

Eles descrevem a sua demissão, ordenada pelo diretor da agência, Kash Patel, como “ilegal” e exigem a sua reintegração.

A base da acusação é a “recusa em politizar o FBI”, nomeadamente por se oporem à demissão de agentes que o executivo considerava insuficientemente alinhados ou que tinham sido denunciados publicamente por apoiantes de Trump. De acordo com a queixa, o diretor Patel terá dito a Driscoll que a sua permanência no cargo dependia do afastamento de agentes que trabalharam em casos que envolviam o Presidente.

Patel terá afirmado: “O FBI tentou prender o Presidente, e ele não se esqueceu disso”.

O processo alega ainda que Patel reconheceu que as demissões sumárias eram “provavelmente ilegais” e que poderia ser processado por isso.

Estas alegações levantam sérias questões sobre a independência das instituições de aplicação da lei sob a administração Trump, que, por sua vez, tem consistentemente acusado os seus opositores de instrumentalizar a justiça contra si.