A relação da administração Trump com a Rússia e os aliados da NATO foi marcada por uma abordagem transacional e declarações contraditórias, culminando em novas pressões sobre a aliança para endurecer a sua posição contra Moscovo. A paciência do Presidente com Vladimir Putin pareceu esgotar-se após a incursão de drones russos no espaço aéreo polaco.\n\nNuma publicação na sua rede social Truth Social, Donald Trump instou os países da NATO a cessarem a compra de petróleo russo, considerando-a “chocante” e um fator que enfraquece a posição negocial da aliança. Propôs que, como condição para os EUA imporem “sanções significativas contra a Rússia”, os membros da NATO deveriam também aplicar tarifas de 50% a 100% à China pelas suas compras de petróleo a Moscovo, argumentando que Pequim tem “um forte controlo, e até mesmo domínio, sobre a Rússia”.
Esta pressão surgiu num momento de elevada tensão, após a Polónia ter abatido drones russos que violaram o seu espaço aéreo.
Em reação, os EUA garantiram que defenderiam “cada centímetro do território da NATO”.
Numa entrevista, Trump admitiu que a sua paciência com Putin estava a “esgotar-se rapidamente” e levantou a possibilidade de sanções contra bancos e o setor petrolífero russo. No entanto, a sua abordagem continua a gerar desconfiança, com um especialista a notar que “Trump parece distanciar-se do facto de os EUA serem uma nação da NATO”. O Presidente defendeu que tanto Putin como Zelensky precisam de ser convencidos a negociar, usando a expressão “são precisos dois para dançar o tango”, uma posição que atenua a responsabilidade russa no conflito.
Em resumoA administração Trump aumentou a pressão sobre os aliados da NATO para cortarem os laços energéticos com a Rússia, ameaçando com sanções. Apesar de uma retórica mais dura face a Putin após o incidente na Polónia, a abordagem de Trump continuou a ser vista como ambígua, equilibrando a defesa da aliança com uma aparente relutância em confrontar diretamente Moscovo.