A aproximação do prazo de 30 de setembro para o financiamento do governo federal reavivou o espectro de uma paralisação, com o Presidente Trump a adotar uma postura desafiadora face aos Democratas. A recusa em negociar e a preferência por uma solução unilateral republicana aumentaram a tensão política em Washington.\n\nPerante a possibilidade de não se chegar a um acordo sobre o financiamento do Estado, o que implicaria a paralisação de agências federais e a suspensão de salários de milhões de funcionários públicos, Donald Trump declarou que “nem se daria ao trabalho” de negociar com os Democratas. “Se lhes dessem todos os sonhos, [os democratas] não votariam neles”, afirmou, sugerindo que os Republicanos, com maioria no Congresso, avançariam com uma “resolução contínua” para manter o governo a funcionar.
Esta postura reflete a crescente polarização em Washington.
O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, que anteriormente votou com os Republicanos para evitar uma paralisação, afirmou que “as coisas mudaram”.
Apontou a aprovação do pacote de cortes fiscais e de despesas de Trump, que afeta programas de saúde como o Medicaid, como a principal razão para a sua nova intransigência.
Schumer declarou estar agora unido ao líder democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, e disposto a arriscar uma paralisação se as suas exigências em matéria de saúde não forem atendidas.
Schumer acredita que a responsabilidade recairá sobre Trump e os Republicanos, descrevendo o Presidente como um “fora-da-lei” e argumentando que o ambiente político “vai piorar com ou sem” uma paralisação.
Em resumoO impasse orçamental em Washington intensificou-se com a recusa de Trump em negociar com os Democratas, que, por sua vez, endureceram a sua posição devido a cortes em programas de saúde. A ameaça de uma paralisação do governo tornou-se um instrumento de pressão política num cenário de crescente partidarismo.