Em Washington D.C., a tensão atingiu um ponto crítico quando Trump ameaçou declarar “emergência nacional” e “federalizar a cidade” para impor as suas políticas migratórias, contornando a autoridade da “mayor” Muriel Bowser.

Bowser afirmou publicamente que a polícia local “não irá colaborar” com os agentes do Serviço de Controlo de Imigração e Alfândegas (ICE).

Trump justificou a intervenção federal alegando que transformou a capital de “um autêntico caos criminal” num dos locais “mais seguros em apenas semanas”.

A estratégia estendeu-se a outras cidades como Memphis, com Trump a anunciar o envio de tropas federais apesar do autarca, Paul Young, declarar: “Certamente não estou feliz com a Guarda Nacional”.

A análise dos alvos de Trump revela um padrão: cidades como Chicago, Nova Orleães, Los Angeles e Nova Iorque são lideradas por democratas e têm populações maioritariamente não-brancas. Em Washington, 41% dos habitantes são negros, enquanto em Los Angeles, 47% são latinos.

Críticos, como a criminologista Andrea Headley, argumentam que a linguagem de Trump, que descreveu Chicago como um “campo de matança”, recorre a “estereótipos raciais” e mina a confiança entre a polícia e as comunidades.